Cada vez mais o Brasil utiliza os microgeradores fotovoltaicos – sistemas de geração elétrica de pequena e média potência – como alternativa para economia de energia. De acordo com dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), só em junho de 2016, o País ultrapassou 2.700 microgeradores individuais, um aumento de 44% na comparação com dezembro de 2015. Só na cidade de Campinas, são 52 microgeradores fotovoltaicos, segundo a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

 

O presidente da Yellow Solar Energy, Arão Bibe, afirma que tal crescimento se dá devido às vantagens proporcionadas por esse sistema. Primeiramente, porque é de fácil instalação, podendo ser integrado à arquitetura do prédio em fachadas, telhados e janelas. Segundo, porque podem ser instalados direto no solo e é totalmente modular, facilidade que permite o acréscimo de mais painéis quando as necessidades de sua família ou empresa crescerem.

 

“A instalação do sistema é feita em pouco tempo e sem grandes alterações no esquema elétrico atual. Os microgeradores também são mais econômicos, pois são projetados para atender à demanda energética de sua edificação, gerando no máximo a energia consumida em um ano. É possível ainda considerar o uso de créditos para compensação em outros pontos de consumo no nome do usuário”, explica Bibe.

 

Incentivos

 

O nível de irradiação solar do Brasil é um dos maiores do mundo e, por isso, o sistema fotovoltaico é tão eficiente. Também é considerada energia de baixíssimo impacto, limpa e não contaminante, contribuindo diretamente para o futuro sustentável das próximas gerações.

 

Ainda de acordo com o presidente da Yellow, os sistemas fotovoltaicos demandam baixa manutenção e a vida útil dos paineis pode  superar 30 anos. Também beneficiam o setor elétrico, pois ajudam a estabilizar a rede elétrica, evitando perdas de energia durante a transmissão de grandes centrais, gerando energia no local onde ela é consumida.

 

Nova legislação

 

Em março deste ano, entraram em vigor as novas regras que, segundo o governo federal, deverão incentivar e facilitar a instalação de microgeradores de energia em casa, comércios e fábricas do Brasil.

 

Acredita-se que com as novas medidas a geração de energia solar ganhe ascensão no Brasil. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024, cerca de 1,2 milhão de unidades consumidoras devem produzir sua própria energia elétrica passando de simples consumidores a também geradores.

 

Dentre as regras, destaca-se uma redução na burocracia. Com menos exigências, a redução nos prazos pode ser considerada como a principal mudança da nova resolução normativa n.687. Antes, o processo de registro do sistema solar pelas companhias de energia demoravam cerca de 90 dias ou mais. Com a simplificação do processo, esse número caiu para 34 dias.

 

O período para utilização dos créditos de energia para compensação também aumentou, passando de 36 para 60 meses. Essas alterações darão mais agilidade ao processo e garantia do uso dos créditos num prazo maior.

 

Por fim, com a modernização da resolução, os donos dos sistemas fotovoltaicos, que antes só podiam compensar os créditos de energia excedente em locais com o mesmo CPF ou CNPJ, agora poderão transferir percentuais de créditos de energia para compensar em outras unidades consumidoras com CPF ou CNPJ diferentes, bastando comprovar o vínculo entre os integrantes.

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