A coach de carreira Ana Lisboa já ajudou centenas de pessoas a encontrarem felicidade no trabalho. Fundadora do Movimento Acenda, que busca levar a mensagem de que é possível ser plenamente feliz e próspero no trabalho, sem ter que passar a semana toda torcendo pelo fim de semana, a coach explica que muito do que as pessoas sofrem ao longo da vida pode ser explicado pela teoria dos setênios. “Ela foi criada pelo filósofo Rudolf Steiner, e explica muito dos momentos de mudança pelos quais as pessoas passam”, conta a especialista, que escreve sobre o tema e ensina como passar por estas fases em seu site movimentoacenda.com.br.

 

Dos 14 aos 28 anos

Ana destaca algumas características importantes dos principais períodos. “Dos 14 aos 21 anos, as pessoas começam a se posicionar na sociedade, e por isso se preocupam em ser aceitas em diferentes grupos”, destaca, reforçando um problema que pode ocorrer nesta fase: por ser um período de conflito, pode não ser o melhor momento para escolher uma profissão ao longo da vida. “É por isso que muitas pessoas escolhem uma profissão e mais tarde vão querer mudar”, conta.

“É dos 21 aos 28 anos que começa uma fase de individualização, na qual as pessoas começam a colocar à prova o que já aprenderam, comparando com o que a sociedade diz”, explica. A coach alerta que é neste período em que a aplicação do trabalho precisa condizer com o real talento. “As pessoas desta faixa etária que não trabalham com o que gostam e que não são reconhecidas por seus conhecimentos podem encontrar muita frustração”, conta. A saída para esta situação, segundo Ana, é ter paciência e mostrar o talento aos poucos.

 

Dos 28 anos em diante

A coach de carreira destaca que, a partir dos 28 anos, as pessoas tendem a passar por diversos momentos de transformação. “Dos 28 aos 35 anos, muitas pessoas passam por uma crise existencial, em que precisam ressignificar o que aconteceu até o momento”. A coach sugere que seja feita uma análise do que realmente incomoda. “Neste momento, é importante ter os aspectos da vida pessoal bem estabilizados, e muitas vezes é necessário se dedicar a outros talentos”, conta.

 

Ana também explica que as etapas seguintes também pressupõem questionamentos profundos. Dos 35 aos 42 anos, muitas pessoas ainda estão com crise existencial, mas costumam encontrar mais paz, chegando a um momento com menos rigor consigo mesmas, sendo mais autênticas. “Neste momento, é importante ter liberdade para fazer aquilo que te completa”, sugere. Dos 42 aos 49 anos, a maioria das pessoas começa a se preocupar com a saúde, e muitas oportunidades se abrem. “Nesta fase, muitos dedicam mais tempo a trabalhos voluntários, à própria família, e até mesmo a novas atividades profissionais”, conta. Por fim, a coach destaca que, após os 49 anos, a sabedoria da idade passa a pesar com mais ênfase. “Além de ser um momento para trabalhar questões espirituais ou filosóficas sobre a vida, o período que se inicia por volta dos 50 anos pode ser muito tranquilo e prazeroso, mas apenas para quem trabalhou durante a vida toda com algo que realmente ama”, explica.

 

Independente das questões profissionais e pessoais que envolvem os dilemas e as transformações ao longo da vida, a coach destaca que é crucial que as pessoas passem por um processo de autoconhecimento e decisão dos verdadeiros sonhos e metas. “Com uma injeção de ânimo, é possível sair da inércia, já que nunca é tarde para mudar de carreira, seguir um novo caminho e se tornar um protagonista da própria vida”, explica. “É importante agir sempre com muita dedicação para virar a própria página quando necessário”, conclui a coach, que desenvolveu o curso online Hora da Virada para ajudar as pessoas que encontram dificuldades nas diferentes fases da vida.

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